segunda-feira, 6 de abril de 2015

Alambique artesanal de AL produz cachaça que é referência internacional.

Embora a cachaça seja a bebida mais popular do Brasil, fabricada desde o período colonial com técnicas artesanais, somando hoje mais de 30 mil produtores em todo o país, o destilado que é sinônimo da identidade da nação verde e amarela só alcançou projeção nas últimas décadas, quando perdeu a estigma de subproduto e ganhou status, ocupando prateleiras e adegas de luxo em todo o mundo.



É neste cenário de uma bebida mais requintada que disputa espaço com destilados internacionais que a empresa alagoana Gogó da Ema atua desde 2004. Com uma cachaça produzida em um alambique artesanal que fica localizado na Fazenda Recanto, no município de São Sebastião, no Agreste alagoano, a empresa já conquistou diversos prêmios pela qualidade da bebida.

O último, anunciado na semana passada, foi a medalha de prata na São Francisco World Spirits Copetion, nos Estados Unidos (EUA), para a cachaça tradicional, que já acumula prêmios nacionais e na Bélgica.

Na ocasião, nos EUA, foram avaliados por especialistas internacionais mais de 1,5 mil rótulos de bebidas destiladas – cachaças, whisks, vodkas, run, gin e licores.

Com o objetivo de conhecer um pouco mais sobre a produção da cachaça com selo alagoano que vem ganhando projeção no mercado nacional e internacional, a reportagem do Portal G1 foi até o alambique artesanal da Gogó da Ema para acompanhar o processo que garante os critérios de qualidade exigidos pelo mercado de bebidas.

Logo na chegada da fazenda, que fica a 125 km de Maceió, o empresário Henrique Tenório explica a diferença entre cachaça e aguardente ao enfatizar que é comum as pessoas fazerem confusão ao falar sobre essas bebidas.

"A palavra cachaça foi ao longo dos tempo sinônimo de bebida sem qualidade, e até no linguajar pejorativo atribuído ao consumidor que não possui limites. No entanto, ao contrário da aguardente, a cachaça é uma bebida de excelência, um tipo de destilado com teor alcoolico controlado. Sem adição de água, açúcar ou qualquer outro componente. Tanto que em sua fabricação só é extraído do alambique o líquido mais nobre da cana. Com isso, a parte da bebida que possui metais pesados, que fazem mal a saúde, é descartada”, diz.

Para a produção artesanal da cachaça de qualidade o controle de padronização começa ainda no campo, com o corte da cana crua feita a mão. Em seguida, o caldo da cana é extraído e enviado para tonéis de inox onde passa pelo processo de fermentação, para depois ser lançado no alambique de cobre para destilação.

Na fusão, a cabeça, onde se concentram os metais pesados da planta, é separada do ‘coração’, parte nobre da bebida. Após esta etapa, a bebida segue para maturação em barris de inox, bálsamo ou jequitibá.

“Na maturação, quando ocorre o envelhecimento da cachaça, é onde está o segredo que assegura os tons e sabores. Com isso, dependendo do objetivo, a bebida pode passar de 2 a 7 anos armazenada. Cada barril e o tempo de armazenamento da bebida é o que define como será a cachaça”, expõe Henrique, ao enfatizar que, para comemorar os 10 anos de fabricação, o alambique Gogó da Ema vai lançar em breve uma série especial e limitada de cachaças com uma década de maturação.

A partir do controle de padronização, a cachaça é avaliada em laboratório e engarrafada seguindo rígidos controles de qualidade antes de chegar ao público consumidor. “É um longo trajeto, porém, necessário para assegurar qualidade e cativar paladares. Com isso, temos três tipos de produtos: a branca, envelhecida em tonéis de inox; a mix, com tom frutado, envelhicida em tonéis de jequitibá; e a tradicional, que é envelhecida em bálsamo e a que possui mais prêmios e citações por especialistas”, relata.

Com produção limitada, o alambique produz entre 25 e 30 mil litros de cachaça por ano, comercializados em 10 estados brasileiros. “Poucos são os fabricantes que atendem aos critérios do Ministério da Agricultura, e menos ainda os que fabricam uma bebida de alta qualidade. Assim,Alagoas pode se orgulhar, pois mesmo com alambiques de menor porte o estado vem sendo bem representando dentro deste mercado”, completa Henrique.

Visitas
Quem quiser conhecer a produção de cachaça do alambique Gogó da Ema pode agendar previamente a visita através dos números (82) 3241-4237 / 9935-9065.

O momento é uma oportunidade para saber mais sobre a forma de produção da cachaça artesanal e desgutar a variações da bebida.

“Fazer a visita é uma experiência interessante porque ao conhecer como é produzida a bebida, quebramos alguns tabus sobre a cachaça. E vemos como esse produto é importante para o setor comercial e cultural do estado, e até mesmo do país”, falou o estudante Lehi Ulisses.

Fonte: globo.com


quinta-feira, 2 de abril de 2015

Devemos falar sobre os produtores informais da cachaça artesanal?


Para muitas famílias, geralmente localizadas nas regiões mais pobres do Brasil, produzir cachaça artesanal tem a mesma importância de se plantar um pé de feijão: é uma questão de subsistência.
De maneira informal, sem qualquer registro do Ministério da Agricultura ou conhecimento técnico, esses produtores não destilam pela arte ou por amor ao ofício. Nestes lugares, cachaça é uma cultura de produção que complementa a renda familiar.

Grande parte das bebidas informais não é feita com o compromisso de agradar paladares. O consumidor que passa pelo alambique e leva a sua PET cheia de pinga não compra pra degustar – o que se espera é apenas os efeitos do álcool. Não existe a alquimia de um produtor que escolhe a cana a dedo, que cultiva a sua levedura com cuidado ou inventa um blend de madeiras nobres. Por essa falta de compromisso, apesar de muitas vezes serem perfumadas ou até saborosas, as cachaças informais possuem elementos indesejáveis e perigosos como o metanol e o cobre.
Mas mesmo assim, nas minhas próximas viagens quero colocar um ou outro alambique informal no meu roteiro de visitas.

No Brasil são registradas mais de 4 mil marcas de cachaça de alambique – número bastante expressivo. Mas se formos considerar as cachaças de alambiques informais podemos multiplicar esse número por 10 (uma estimativa feita pelo mercado, não conheço uma fonte que se propôs a investigar o número de fato – tá aí uma ideia). Mas a realidade é que em algumas cidades do norte de Minas, por exemplo, são encontrados centenas de produtores fazendo 5-10 mil litros de cachaça por ano no quintal de casa. Esse cenário se repete em muitos outros estados brasileiros.
O motivo para existirem tantos produtores informais é simples: cachaça barata vende. O pequeno produtor familiar tem seu preço condicionado pela grande indústria de cachaça que paga de R$1 a R$2 pelo litro de pinga produzido. Um desses produtores da cachaça curraleira (como também pode ser chamada essa pinga) me disse que o preço depende muito da safra e que muitas vezes são reféns dos valores impostos pela indústria.
No final da produção caminhões passam por essas pequenas cidades e se abastecem com centenas de milhares de litros de pinga que depois serão padronizados ou até mesmo redestilados em alambiques formais. Pelo preço barato da cachaça comprada de terceiros, a indústria consegue colocar no mercado uma cachaça formal com preços muito competitivos. Em muitas dessas empresas a cachaça comprada chega a representar até 60% da produção.
Partindo de fontes infomais a cachaça se espalha por todo o Brasil com rótulos, selos de conformidade e algumas até premiadas por quem mais condena a pinga curraleira.
Deixar de falar desses caras ou apenas destacar seus pontos negativos é excluir toda uma economia da cachaça, que possui mais trabalhadores do que a indústria automotiva nacional. Com o mercado desinformado quem sai perdendo é principalmente o pequeno produtor formalizado de cachaça artesanal – que não consegue justificar para o consumidor o valor agregado ao seu produto.

Para quem quer entender sobre o cenário de produção de cachaça no Brasil é fundamental olhar para os informais. São eles os responsáveis pelo abastecimento de muitas prateleiras. Torcer o nariz e condenar o pequeno produtor ilegal é uma grande hipocrisia, afinal a cachaça com registro que você tomou no bar pode ter sido destilada no curral de algum produtor da cachaça artesanal informal.
Disponivel em: http://www.mapadacachaca.com.br/artigos/devemos-falar-sobre-os-produtores-informais-de-cachaca/

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Ovo de Pascoa com Caipirinha

Com o preço alto dos ovos de pascoa industrializados, muita gente começou a recorrer aos ovos de fabricação artesanal e cada vez mais este vem se tornando uma boa opção para quem não quer de deixar de presentear com um belo ovo de chocolate no domingo de pascoa.
Hoje vamos mostrar uma receita diferente e muito saborosa para você que quer se aventurar na cozinha e preparar o seu próprio ovo de pascoa e ainda de quebrar utilizar a nossa querida cachaça!



Ovo de Páscoa de Caipirinha

Autor:
Chef Nova Safra
Porções:2 cascas de 500gr
Tempo de Preparação:50 Minutos

Ingredientes
·         Para a casca:400 gr de chocolate amargo ou meio amargo
·         Para o recheio: 300gr de chocolate branco
·         100gr de creme de leite
·         50ml de Cachaça
·         1 colher de sopa de pó de sobremesa de limão
Instruções
1.   Prepare os ovos: derreta o chocolate ao leite em banho-maria ou no micro-ondas por 3 minutos na potência média. Retire do forno e mexa até acabar de derreter.
2.   Transfira para um refratário limpo e bem seco e mexa o chocolate até que, ao encostar um pouco nos lábios, dê a sensação de frio. Reserve.
3.   Com um pincel, espalhe camadas finas de chocolate sobre os moldes para ovo de 500 g.
4.   Leve os moldes à geladeira com a cavidade virada para baixo até secar. Repita esse procedimento mais duas vezes, retirando da geladeira quando o chocolate estiver frio.
5.   Prepare o recheio: em uma panela derreta o chocolate branco conforme as instruções da embalagem, em seguida adicione o creme de leite, o pó para sobremesa de limão Cachaçae misture bem.
6.   Leve ao fogo até formar um recheio cremoso. Em seguida coloque para gelar.
7.   Com as costas de uma colher, espalhe uniformemente o recheio já frio sobre as cascas de chocolate, que devem estar bem secas e firmes. Deixe 1 cm das bordas sem recheio para fixar melhor a última camada de chocolate.
8.   Volte à geladeira até o recheio firmar.
9.   Espalhe uma camada de chocolate sobre o recheio, cobrindo-o totalmente.
10.     Com uma espátula, raspe as beiradas do ovo eliminando o excesso de chocolate.

11.     Leve novamente à geladeira até que o chocolate fique firme e, quando o molde estiver opaco, desenforme o ovo.